Coalizão internacional pede aos líderes do G20 a taxação de bilionários para financiar a crise climática.

Prezados líderes do G20,

Estamos vivendo a crise climática agora, e ela está impactando desproporcionalmente as populações mais vulneráveis do mundo: povos da floresta, populações ribeirinhas, moradores de favelas e zonas rurais, que sofrem com inundações, secas e temperaturas extremas. São essas pessoas que, apesar de contribuírem minimamente para a crise, estão pagando o preço mais alto. Enquanto o planeta entra em colapso, os mais ricos seguem acumulando suas fortunas, blindados em suas bolhas.

O G20, em sua reunião no Brasil, terá a oportunidade histórica de redefinir a trajetória de políticas climáticas globais. Por isso, pedimos para que seja incluída na declaração final dos líderes a criação de um fundo de adaptação climática para países pobres afetados por eventos extremos, financiado por uma taxação de bilionários. Afinal, a justiça climática exige que os maiores poluidores arquem com os custos dessa crise.

Baseada nos estudos dos economistas Esther Duflo e Gabriel Zucman, esta proposta tem sido amplamente debatida e deveria já estar em prática. Taxar em apenas 2% a fortuna de 3 mil bilionários pode gerar recursos para financiar as políticas de adaptação de mais da metade da população mundial . Esta é uma oportunidade sem precedentes de liderar essa transformação.

Os números são gritantes: o relatório “Igualdade Climática” de 2023 da Oxfam Internacional revela que apenas 10% das pessoas mais ricas são responsáveis por 50% das emissões globais de CO₂. Enquanto isso, os países pobres, que sofrem os maiores impactos do aquecimento global, têm uma capacidade muito limitada de resposta. Essa desigualdade é clara e profundamente injusta, e para corrigi-la precisamos de mecanismos eficazes, como a tributação dos super-ricos, que é uma parte crucial da solução. Sem essa taxação, os mais pobres continuarão a suportar desproporcionalmente os custos das crises ambientais.

Os impactos climáticos não apenas forçam milhões a deixarem seus lares, como ameaçam a própria existência de países e agravam conflitos. O Conselho de Direitos Humanos da ONU já reconheceu que desastres relacionados ao clima foram responsáveis por mais da metade das deslocações globais em 2022.

O tempo é curto, e o G20 já será realizado nos próximos dias 18 e 19 de novembro de 2024 na cidade do Rio de Janeiro. Contamos com vocês para agirem com urgência e responsabilidade, reconhecendo que a luta pela justiça climática requer que os que mais poluem paguem sua parte justa.

#TaxaoOsBi para financiar um futuro justo e resiliente para todos.

Esta carta é assinada por 26 organizações dos seguintes países: Alemanha, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Colômbia, Espanha, Grécia, Irlanda, Itália, Nova Zelândia, Países Baixos, Polônia, Eslovênia e Suíça.





International coalition calls on G20 leaders to tax billionaires to fund climate crisis.

Dear G20 Leaders,

We are living through the climate crisis now, and it is disproportionately impacting the world’s most vulnerable populations: forest peoples, riverside communities, residents of favelas, and rural areas, who are suffering from floods, droughts, and extreme temperatures. These are the people who, despite contributing minimally to the crisis, are paying the highest price. While the planet collapses, the wealthiest continue to amass their fortunes, shielded in their own bubbles.

The G20, at its meeting in Brazil, has a historic opportunity to reshape the course of global climate policies. For this reason, we urge you to include in the leaders' final declaration the creation of a climate adaptation fund for poor countries affected by extreme events, financed by a tax on billionaires. Climate justice demands that the biggest polluters bear the costs of this crisis.

Based on the studies of economists Esther Duflo and Gabriel Zucman, this proposal has been widely debated and should already be in place. Taxing just 2% of the fortunes of 3,000 billionaires could generate resources to fund adaptation policies for over half of the world's population. This is an unprecedented opportunity to lead this transformation.

The numbers are alarming: the 2023 “Climate Equality” report by Oxfam International reveals that just 10% of the wealthiest people are responsible for 50% of global CO₂ emissions. Meanwhile, poor countries, which endure the most severe impacts of global warming, have a very limited capacity to respond. This inequality is clear and deeply unjust, and to address it, we need effective mechanisms, such as taxing the ultra-rich, which is a crucial part of the solution. Without this taxation, the poorest will continue to disproportionately bear the costs of environmental crises.

Climate impacts not only force millions from their homes but also threaten the very existence of nations and exacerbate conflicts. The UN Human Rights Council has already recognized that climate-related disasters accounted for more than half of global displacements in 2022.
Time is short, and the G20 will be held on November 18 and 19, 2024, in Rio de Janeiro. We count on you to act with urgency and responsibility, recognizing that the fight for climate justice requires that those who pollute the most pay their fair share.

#TaxTheBillionaires to finance a fair and resilient future for all.

This letter is signed by 26 organizations from the following countries: Germany, Australia, Belgium, Brazil, Canada, Colombia, Spain, Greece, Ireland, Italy, New Zealand, the Netherlands, Poland, Slovenia, and Switzerland.





Coalición internacional pide a los líderes del G20 que graven a los multimillonarios para financiar la crisis climática.

Estimados Líderes del G20,

Estamos viviendo la crisis climática ahora mismo, y está impactando desproporcionadamente a las poblaciones más vulnerables del mundo: pueblos de la selva, comunidades ribereñas, habitantes de favelas y zonas rurales, que sufren inundaciones, sequías y temperaturas extremas. Estas personas, que apenas contribuyen a la crisis, son las que están pagando el precio más alto. Mientras el planeta colapsa, los más ricos siguen acumulando fortunas, protegidos en sus burbujas.

El G20, en su reunión en Brasil, tiene la oportunidad histórica de redefinir la trayectoria de las políticas climáticas globales. Por eso, solicitamos que se incluya en la declaración final de los líderes la creación de un fondo de adaptación climática para los países pobres afectados por eventos extremos, financiado mediante una tributación a los multimillonarios. Al fin y al cabo, la justicia climática exige que los mayores contaminantes asuman el costo de esta crisis.

Basada en los estudios de los economistas Esther Duflo y Gabriel Zucman, esta propuesta ha sido ampliamente debatida y ya debería estar en práctica. Gravar con solo el 2% la fortuna de 3,000 multimillonarios puede generar recursos para financiar políticas de adaptación que beneficiarían a más de la mitad de la población mundial. Esta es una oportunidad sin precedentes para liderar esta transformación.

Las cifras son impactantes: el informe “Igualdad Climática” de 2023 de Oxfam Internacional revela que solo el 10% de las personas más ricas son responsables del 50% de las emisiones globales de CO₂. Mientras tanto, los países pobres, que soportan los peores impactos del calentamiento global, tienen una capacidad de respuesta muy limitada. Esta desigualdad es evidente y profundamente injusta, y para corregirla necesitamos mecanismos eficaces, como la tributación a los ultra-ricos, que es una parte crucial de la solución. Sin esta tributación, los más pobres seguirán soportando desproporcionadamente los costos de las crisis ambientales.

Los impactos climáticos no solo obligan a millones a abandonar sus hogares, sino que también amenazan la existencia de países y agravan los conflictos. El Consejo de Derechos Humanos de la ONU ya ha reconocido que los desastres relacionados con el clima fueron responsables de más de la mitad de los desplazamientos globales en 2022.

El tiempo apremia, y el G20 se celebrará los próximos días 18 y 19 de noviembre de 2024 en la ciudad de Río de Janeiro. Contamos con ustedes para actuar con urgencia y responsabilidad, reconociendo que la lucha por la justicia climática exige que aquellos que más contaminan paguen su parte justa.

#TaxenALosMultimillonarios para financiar un futuro justo y resiliente para todos.

Esta carta está firmada por 26 organizaciones de los siguientes países: Alemania, Australia, Bélgica, Brasil, Canadá, Colombia, España, Grecia, Irlanda, Italia, Nueva Zelanda, Países Bajos, Polonia, Eslovenia y Suiza.






Sign the petition to tax billionaires!

Ao inserir seus dados, você concorda em ter seus dados compartilhados com os organizadores dessa página e aceita receber emails de atualização, conforme descrito na política de privacidade. Você pode cancelar o recebimento desses e-mails a qualquer momento.
No encontro do G20 no Rio de Janeiro, líderes globais têm uma chance única de avançar uma política concreta de adaptação climática para países do Sul Global. A proposta é incluir na declaração final um fundo específico para ajudar os países mais vulneráveis, financiado por uma taxação de 2% sobre a riqueza dos bilionários, ideia apoiada por economistas como Esther Duflo e Gabriel Zucman. Essa medida ajudaria a financiar ações para proteger mais da metade da população mundial. Assine a petição e participe dessa pressão global!
---------------------------------
At the G20 meeting in Rio de Janeiro, global leaders have a unique opportunity to advance a concrete climate adaptation policy for Global South countries. The proposal is to include in the final declaration a specific fund to assist the most vulnerable countries, financed by a 2% tax on the wealth of billionaires, an idea supported by economists such as Esther Duflo and Gabriel Zucman. This measure would help fund actions to protect more than half of the world's population. Sign the petition and join this global pressure!
---------------------------------
En la reunión del G20 en Río de Janeiro, los líderes globales tienen una oportunidad única para avanzar una política concreta de adaptación climática para los países del Sur Global. La propuesta es incluir en la declaración final un fondo específico para ayudar a los países más vulnerables, financiado por un impuesto del 2% sobre la riqueza de los multimillonarios, una idea respaldada por economistas como Esther Duflo y Gabriel Zucman. Esta medida ayudaría a financiar acciones para proteger a más de la mitad de la población mundial. ¡Firma la petición y participa en esta presión global!